Sempre eles: Rogério Ceni e Marcos fecham o gol e comandam o clássico

Capitães de São Paulo e Palmeiras mostram por que são ídolos de seus clubes e têm boa atuação no empate por 0 a 0 no Morumbi

Talvez quem não tenha assistido ao jogo entre São Paulo e Palmeiras, neste domingo, e se prenda apenas ao placar de 0 a 0, pense: "Que duelo sem graça!" Ledo engano. O Morumbi foi palco de um clássico repleto de chances para as duas equipes. Porém, como da última vez que se enfrentaram – na terceira rodada, dia 24 de maio – o resultado foi o mesmo: Rogério Ceni e Marcos fecharam o gol e mostraram porque são ídolos e capitães de seus times. 

Foi uma grande partida. Jogadas de criatividade pelas laterais, grandes chances de gol dos dois lados, mas os goleiros fizeram boas defesas e não permitiram que os adversários marcassem. Os atacantes bem que tentaram, e muito, mas não conseguiram balançar a rede. Ceni e Marcos, mais uma vez, evitaram a derrota de seus times e garantiram um ponto para cada. 

Na partida deste domingo, o camisa 1 do Tricolor completou 371 jogos disputados em Campeonatos Brasileiros e bateu o recorde de Zinho ultrapassando uma marca que o ex-flamenguista Zinho acumulou entre 1986 e 2004. Rogério comentou a marca histórica e destacou que ela aconteceu em apenas um clube.

- É especial porque é uma história de vida. Quem sabe depois vamos lembrar? Hoje os campeonatos são mais longos e mais cansativos. Isso tudo é consequência de muito trabalho, principalmente por se tratar de uma marca conquistada em um clube só. Isso, sim, é algo para se ressaltar.

Assim como Ceni, o camisa 12 do Verdão, Marcos também representa o espírito alviverde e é o titular do time há dez anos.
Após o fim da partida, o goleiro são-paulino reclamou de dores na virilha e revelou que precisou se poupar em campo. Marcos, que sofreu algumas contusões graves na carreira, ouviu o amigo resmungando e perguntou:

- O que houve?

- Uma dorzinha no adutor, perto da virilha - explicou Ceni.

- Agora é assim mesmo. Você vai ver amanhã... - brincou Marcos, lembrando que tanta história no futebol “também tem suas consequências".

- Pois é... - sorriu o capitão do São Paulo.